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n​ã​o dá pra contar com ningu​é​m

by marcos felipe

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1.
sans bonheur 01:48
letra de "sans bonheur", de marcos felipe [verso 1] me devora a revolta e a tristeza na volta vida fora de curso, falhei no corre, na luta sem sucesso na missão, acumulando um mon’ de não contando cada moedinha de decepção vou voltar pra casa sem mic nem caixa vou voltar sem dinheiro no caixa mas cheio de ideia na cachola e um cado machucado na caixa torácica, trôxa! veste roupa velha pra fazê uma rima tóxica no carnaval, tomara que chôva cão abandonado na rua se coça coração machucado e as plateia lota todos querendo capinar seu lote me ensina a usar essa enxada afiada meu escudo e espada é a palavra falada sem amparo de fada, sem afago ou afeto [ponte] afogo mesmo é na cachaça mas só um poquim dessa desgraça que eu me iludo e acredito na farsa pára! com essa máscara de papel [verso 2] de trôxa, falsa, joínha troféu foi com fé na conversa, perdeu, se fudeu sozinho de novo, pra variar, o par agora é um número ímpar, primo a praia me espera só pra eu morrê nela mal humor pra caralho, quem sabe um dia eu mudo mas hoje eu tô puto e eu não tô mudo com um isqueiro gigante eu boto fogo no mundo [outro] o dublê cai em cima do ombro você já n’acaricia meu ombro você dá de ombros e isso machuca tiro de doze no peito, prefiro bala na nuca alegria nenhuma, porta fechada pássaro morto, sua mão é fria e vazia seu carro partiu, maior tristeza do dia perdi meu norte em seu mar em meio a forte ventania
2.
letra de ansiedade premonitória, de marcos felipe [verso 1] taquicardia todo dia não consigo respirar não sei se é fraco meu pulmão ou se é o veneno no ar o quadro foi pintado avisado, que burro! quatro sonhos iguais me mostrando o futuro descaso aumenta casulo vira casca a adaga entra lenta quero imbora pra casa vento gelado eu tô sufocado colchão desinflado uma pressão que me esmaga o suor nos meus pés sou manhattan em marte minhas mãos tremendo previsão de baque [verso 2] tenho todo o tempo do mundo a mente em loop e a ossada parada temo a todo tempo o mundo à frente um trauma na minha chegada sonho na praia me ignora e gargalha eu me afogando na fossa e cê jogando mais água eu não vou embora não aceito esmola eu preciso ir embora esperança é droga [verso 3] o que eu fiz de errado? de certo sou culpado inseguro e inchado devo ser bichado eu não fiz nada errado exceto ter confiado e não ter traído o famoso otário dividido ao meio se multiplica a angústia eu me contraio na cama e cê estica o chiclete [outro] arreia! paredes quebradas poeira o vento levou cada telha terremoto tirou meu chão já nem sei onde piso depois de tanto abalo sísmico tudo que me sobra é a vastidão do abismo
3.
abismo 01:59
letra de "abismo", de marcos felipe [verso 1] quem passa por mim na rua se me reapara se assusta com a raiva no olho e uma tristeza profunda bem mais do que rouca a voz da esperança é muda e foi ela quem mudou, até lembrei do Raillow nenhum dinheiro do mundo paga nenhuma droga no mundo apaga confiei nela achando que saudade não passa passa! foi tudo farsa mais um poeta se estraga é muita mágoa nessa estrada mais um que traga essa fumaça careta que deixa a boca amarga ignorando as placas esqueci do quebra molas perdi a minha direção e deslizei penhasco afora cê é garrafa de Chapinha e se mostrou como safira parecia Terabítia mas foi um inferno, um abismo pra você eu fui uma ponte fiel, leal, amigo e amante cê tirou meu brilho e sorriso e cada quilate do meu diamante preso dentro de casa como se fosse errado ser feliz e não houvesse mais tinta pra pintar o meu nariz [ponte] “vai sem medo, a gente tá junto” mentira “se acontecer alguma coisa eu te conto” mentira “eu nunca agiria pelas suas costas” mentira e o que me tira do sério é que cê paga de heroína [verso 2] falava que eu era safado mas você foi bandida que roubou o meu tempo e deixou só as feridas arranhado por dentro amaldiçoado por santo então treina esse piano porque amor só xia lá na china empatia é xaina na jogada de dama eu tomei cheque mate fui um peão na sua trama só mais um na sua cama e seu teatro engana abraço é faca nas costas de quem tanto fala que ama e que torce por mim e que se importa comigo mas onde você tava quando eu mais precisei de um amigo? quando eu mais precisei de abrigo de atenção ou de um ouvido acabei passando frio sozinho, nervoso, sem nenhum fino em minhas noites vazias enquanto o mar me afoga em que bar, em que cinema te esqueces de mim ou nem se lembra meu nome cê nunca teve coração cheiro forte de cigarro meu sufoco foi em vão
4.
letra de "eu vejo quem eu sou", de marcos felipe [verso 1] compartilho o brilho do ouro de criar no momento do choro escrever o que aperta no peito de um homem oco feridas que fazem de mim tímido e bobo de novo trilho a ponte do arco íris mas no fim só encontro um esgoto a céu aberto e santo não sou, minha nossa senhora se não me falha a memória sempre cedí ao encanto da raiva e fiquei meses de canto por isso hoje eu canto, é que eu já cansei de ser manco maníaco nos dias em que a mente desespera o que eu faço hoje na dor, no futuro será bem pior omito o que eu sinto na pele, vem, me beija, me mate, me vele, adultere leve e breve, no entanto, que eu já cansei de ódio e de pranto veja o monstro, quem criou? atrás da pele, atrás dos músculos atrás dos traços acumulados por rejeições e impulsos insultos avulsos que tem atacado meu peito sem desconto vendeu no varejo todo amor que era seu de direito [ponte] me vejo aqui e agora, mei’ de saco cheio me vejo no futuro, exótico, erótico, com um belo tempero o furo da vida é ser escola da alma com um abraço apertado, me dá logo um cheiro [verso 2] verde do bom dá tesão igual a um bom beijo mas lá na frente, daqui um século, sou memória e esqueleto me pega de jeito e comemore a carne em nossos ossos me puxa forte pra perto de ti antes que viremos corpos me coma, me saboreie e após me rejeite me engana e sai por cima e ainda por cima me faz de enfeite aproveite cada pedacinho do meu coração na saída, por favor, só não cuspa no chão
5.
ave lucifer 01:55
[verso 1] anjos e arcanjos se despedem daqui um édem infernal floresce dentro mim mil flechas selvagens, o alvo: a inocência demovido do alto sem dó nem clemência tremedeira de café, bambo como árvore uma cadeira de plástico e uma mesa de mármore meus pés suados virados pra cima eu de estômago vazio, zuado e pra baixo eu tava muito loco, andando pelas ruas fumando vários tocos, parando viaturas eu tava meio fosco, querendo elas nuas pensando mais um pouco, nem eu mesmo me aturo no apuro desse ódio fui beber e berrar xingando padre e pedra, gritar de desespero não aguento mais tanta ira e fúria se a vida tá um inferno quero magia e luxúria [ponte] a bondade abundando bem na minha frente e eu pensando, irritado, como um bundão no passado bolando, ressentido, fixado em bobagem a raiva acumulando e dissipando as miragens às margens de um rio que corre em veias mansas única vingança é a metáfora da maçã que apesar da mente ainda ando em sã consciênte da serpente à frente do divã [verso 2] madrugada toda em claro, suor e desespero acordando meio dia com o pavio aceso possesso com a inocência de ter dado acesso nem a brasa na ponta vai queimar o retrocesso humilha, maltrata, me engana, me espanca enquanto recebe visitas na cama mente, omite, me ferra em repeat gargalhadas que ignoram o meu choro triste o paraíso é a promessa do abraço amigo mas quem espera abrigo acaba na rua mendigo invisível, alienado, mal humorado no deserto de concreto o fogo é irresistivel visceral e abrasivo parece real mas sempre foi coercível parece imortal mas é só um fusível perece, é normal a omissão é vil e a maldade é incrível eu não sei lidar com o papelão de pagar mais caro na liquidação da sua boa intenção esse hell já tá cheio é tanta ideia torta que tá sobrando recheio [outro] quando cê age pelo certo e mesmo assim dá tudo errado o errante ouve o alado que nunca foi aliado ou cuidado com quem te abraça

about

primeira parte de uma trilogia, o álbum fala sobre um período de transição e crise, passado na cidade de boston, estados unidos, durante o outono e o congelante inverno de 2016

através de uma narrativa direta e pessoal e de produções musicais originais e temáticas, marcos felipe expressa a parte mais crua e exposta de uma falha pessoal seguida de uma traição



first part of a trilogy, the album talks about a time of change and crisis that took place in boston, massachusetts, during the fall and the freezing winter of 2016

through direct and personal lyrics and original, themed musical productions, marcos felipe expresses the rawest, most exposed side of a personal failure followed by a betrail

credits

released February 12, 2018

mixagem, masterização e arte do disco: marcos felipe
captação de voz: estúdio dead bird

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